quinta-feira, fevereiro 02, 2006

O casto.

Cospem labaredas vermelhas e laranja pelos afunilados olhos de cereja açucarada, como cães danados sofredoramente protegem o seu senhor loucamente envenenado pela fragrância de uma mulher, as ávidas e bucólicas estátuas de marfim saudosa e solenemente plantadas no alto de um monte constantemente sacudido por vaporosos sopros escondidos e rejeitados de deuses e profetas do além.
Zurram e vociferam calorosos impropérios e sagazes rumorejos, prendem, julgam, sentenciam e ordenam sobre a existência dos leves inocentes, que não são mais do que puros e imaginários peões no campo de batalha.
Então e eu, será que posso decidir quem sou?

3 comentários:

Anónimo disse...

Não somos nós que duvidamos do sentido que o Homem incutiu à palavra destino ?
Um beijo... *

Anónimo disse...

Podes

Anónimo disse...

Podes sempre tentar...