sábado, abril 18, 2009

Negro de Sol

Imagina duas maciças esferas mosqueadas de um enrubesço incandescente em colisões selvagens e contínuas. O caos provocado pelo seu magnífico impacto confunde-se com a esfuziante serenidade que a tua melíflua presença provocava em mim.
Imagina as coléricas explosões de um policromo fogo-de-artifício ateado pela louca alegria da saudade… Vê como sobem alto as frágeis e esguias ofídias de fogo numa alucinante e desesperada demanda por encontrar o plácido e silencioso empíreo e como rápida e voluptuosamente se metamorfoseiam no violento vazio da angústia.
Imagina a preciosa argúcia de um gigante trampolim que nos impele na arrogante loucura da busca pela felicidade. Porque me dizes que não tenho direito a sorrir?

quarta-feira, abril 15, 2009

Insensatez

Quão negro é o Sol? Quão silentes são os sarapintados pardalinhos? Quão ardentes são os glaciares árcticos? Quão vivas estão as graníticas esculturas? Quão luzente é a minha alma sem ti?