terça-feira, março 22, 2011

Loucos!

Descem pelos carrosséis abaixo numa vertigem descontrolada como sinetas que balem silêncios vermelhos, agarrando-se, impiedosamente, às bengalas prateadas e envoltas em álamos. Fremem latidos vencidos que entorpecem e enterram as suas mãos fechadas enquanto o sabor do sal invade o horizonte.
Perderam-se nas saliências oníricas do trovejar dos seus pensamentos. Agora, quando procuraram na imensidão alegórica da verdade, encontram apenas a sombra granítica da estultícia. Talvez por isso bailem em elipses… Sobem devagar e depois caem impetuosa e violentamente como as pétalas amarelas de um malmequer.
Confrontam a realidade como se dela fizessem parte! Porque saltam e riem, porque escarnecem e vibram, porque exultam e sofrem, porque bebem e vociferam... Mas porquê?
Agora fogem! Talvez um dia ainda regressem…