quarta-feira, maio 28, 2008

A esperança...

É arrogante esse caminho que percorremos com absoluta convicção, essas palavras que escolhemos para enfeitar as nossas frases imperiais, os gestos que matizam uma amência melódica que nos enfeitiça e encanta o raciocínio. Estúpida altivez que dança compassada ao ritmo verídico das nossas alarvidades metódicas.
Imagino amiudadamente a sensatez, perdida na imaginação quase real do cume do mundo, suspensa no vazio e abraçada por uma leve brisa almiscarada. Imagino que é possível agarra-la com as duas mãos e puxa-la para mim. Imagino que depois de tudo é ainda possível refazer o caminho e esquecer os erros do passado…
Haja, pelo menos, esperança!

segunda-feira, maio 12, 2008

A festa!

Como é nublado este futuro! Como cantam alto os cactos nesse deserto jardim! Como se enegrecem as fantasias vermelhas do passado!
Onde estão as efervescentes e ondeantes maravilhas que a vida tem para nos consagrar? Onde estão as juras, as quimeras, os lírios perfumados e os papagaios esvoaçantes?
Onde está a verdade, a vivacidade e o silêncio?
Estou cansado do ruído provocado pelos aterradores deuses que se não cansam de vomitar os seus anárquicos trovões. Trovem mais baixo oh anjinhos irados! Não consigo mais ouvir a zoada intempestiva que teimam em cantar…