quinta-feira, maio 25, 2006

Pátria!

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

in, Os Lusiadas, Canto I, estrofe III, Luís Vaz de Camões

terça-feira, maio 16, 2006

Leve.

É porque te sinto que sei que estou vivo...

terça-feira, maio 02, 2006

Artigo indefinido...

Primeiro oiço-os zurrar de mansinho. É um grito agonizado, sujo e envergonhado. Depois de dispersos, consigo cheirar os seus odores pestilentos, acabrunhados e embaraçados.
Vejo-os a rastejar como vis serpentes que cospem o seu veneno aleatoriamente e despropositadamente. Sinto-os quando passam por cima dos ramos secos e deixam a sua carranha viscosa.
Conspurcam a realidade ilusória onde teimam em viver e para onde desejam arrastar todos os outros.
Não há mentiras que consigam sobreviver por todo o tempo, mais cedo ou mais tarde o seu bacorejar imundo deixará de convencer quem quer que seja.