quinta-feira, maio 14, 2009

Virtudes?

Que silêncio avassalador é esse que encontro nas entranhas do meu ser? Que perturbação harmónica é essa que assombra a pútrida paz da minha alma? Que vulcão é esse que ameaça catastroficamente explodir e incinerar tudo à sua volta?
Raios… Estou deleitosamente a sentir o fim. Não consigo deixar de rir perante a arrogante demanda da fantasia em que não deixo de querer mergulhar. Sinto o ar ser-me sugado dos pulmões e a porta a fechar-se mesmo em frente do meu nariz. Sinto a nojenta repulsa da saudade, a estulta cobrança das memórias e o maravilhoso eco do fracasso.
Deixa-me! Liberta-me por favor… Dá-me a alforria da existência. Larga a mão do Morfeu e permite que me vá... Por favor! Já secaste todas as minhas lágrimas… Nada mais tenho para te oferecer para além das vãs recordações que não são mais do que folhas queimadas ao vento!