quinta-feira, fevereiro 16, 2006

O salpicado.

Cheiram a pólvora molhada dos tiros de prata, os pejados pomares de pêssegos vermelhos da minha aldeia. São balas envergonhadas que queimam e destroem os odores luxuriosos, a alegria pobre e despida do velho camponês e os telhados de palha seca das pequenas casas de pedra escura e suja.
Lá do alto, coçando os longos bigodes esbranquiçados do tempo, o oficial em traje de guerra acende com a rubra ponta do seu cigarro o canhão que violentamente explode, enquanto os brancos e amarelos malmequeres se comprimem e esbatem sobre as enormes rodas de madeira.
Procuras a aniquilação total, mas sei que te posso prometer que do preto borralho da batalha vão recrudescer as ilusões patrióticas de uma vitória pela emancipação do espírito e da alma, e que no final, apenas tu podes perder!

11 comentários:

Anónimo disse...

Que dicionário usas para escrever estas tretas?

Anónimo disse...

oh anonimo, parece-me óbvio tua identidade, mas mesmo assim atrevo-me a perguntar: onde estão os tomates para dar a cara, melhor, para dar o nome???? és triste, pois estes textos são bons, muito bons, pois refletem bons sentimentos, sentimentos esses de uma pessoa feliz e realizada, enquanto tu mais pareces um frustrado de MERDA!!!! esse sentimento de inveja é muiiiito feio...!! que tal preocupares-te mais com a tua vida em vez de seres um ser tão mesquinho e inseguro?!?!?! parece-me bem!!!! só mais uma coisa, se por acaso ele usasse dicionário seria de certo o mesmo que tu e que qualquer pessoa, aaaahhhhhhhhhh!!! lolada!!! beijinhos*

Anónimo disse...

Je suis très content, parce que..., talvez tu precisasses de um dicionário: escreve-se reflectem, não refletem. Além disso, não é seguro que usasse o mesmo dicionário que eu. Eu uso o da Porto Editora, ele pode usar o da Texto Editora. Há muito por onde escolher...

Pouco me importam os sentimentos de quem escreve...Não me interessam, porque, quando leio estes textos, não há sentimentos que "saltem à vista"! Estes são textos absolutamente vazios; diz o nada sob a capa do muito. Todos estes textos são uma enorme perífrase.

Enfim, é só uma opinião. Não uma frustração...

Anónimo disse...

bem, lá voltamos nós à rotineira mesquinhice, mas pronto! que futilidade a tua de preocupares-te mais com a gramática do texto do que com o seu conteúdo e significado! ah, claro, já me esquecia... são vazios de sentimento...! vazio deves ser tu para leres e não sentires nada, vazio de amor, vazio de humanidade, vazio de espirito, vazio, oco!!! tenho pena, juro que tenho pena, pois se nada fizeres para mudar irás morrer uma pessoa amarga e frustrada, FRUSTRADA SIM!!! não REFLECTES ( melhor assim??) mais nada senão frustração e amargura, deves ser alguém muito só e pouco amado, é a falta de amor que te torna seco de emoções felizes...!!!

Filipe de Arede Nunes disse...

Bem, quero agradecer os comentários do/a "je suis très content, parce que..." e da Marlene, ainda bem que gostam do que escrevo, fico feliz por isso.
Quanto aos comentários anonimos, bem, cada um interpreta o que lê da maneira que entende e da maneira que o quer fazer. Se acha que os meus textos são vazios, creio que isso apenas espelha o que efectivamente vai dentro de si, se acha que não dizem nada lamento, mas não o lamento por mim, mas por si.
A todos os outros que aqui passam, mas que não comentam, o meu muitissimo obrigado pela visita.

Anónimo disse...

Je suis très content, parce que..., sinceramente, interessam-me textos que dizem algo. Limito-me a dizer que estes textos não me dizem nada. Que me parecem o nada sob a capa do tudo. Só isto. Reitero, é só uma opinião! Uma crítica. Estas ou se aceitam ou não.

Agora, verdadeiramente não percebo porque raio é que atacas alguém que apenas faz uma crítica ao post. O autor é capaz de se defender, parece-me.

Volto a dizê-lo: nada tenho contra o autor! Simplesmente, acho que estes últimos textos me parecem vazios de conteúdo. É o que acho. Se não concordam, é a vossa opinião. Respeito-a. Agora, Je suis très content, parce que..., o teu comentário é absolutamente idiota. Não digo que o sejas, mas pela intolerância demonstrada perante uma crítica sobre o post.

Anónimo disse...

Gosto do que escreves e de como escreves, é por isso que continuo a vir aqui quase todos os dias, mesmo que não comente. No dia em que deixar de gostar passarei a parar em outras paragens, que é o que não falta pela net.

Zeca Mieiro disse...

Concordo com a Alyia. Os blogs não são campos de batalha onde monstros intlectuais se devoram uns aos outros por força de gostarem ou não. O que verdadeiramente importa é o sentimento, a vivaciadade e o pensamento que impera no mais profundo de cada uma das pessoas. E nisso, este post é, do meu ponto de vista, bom. Não devemos deixar que as ideias sejam encarceradas no vazio do nada... porque por ser ideia contém em si os fundamentos da liberdade e da vontade. Quem a pode parar!?
Eu diria que só o amor... mas mesmo esse, por vezes, deve resignar-se, não vá o seu bom ser o mal dos outros. Mas nem o seu sentido livre é o ideal para a perturbação. É necessária a ponderação e a auto-regulação. A vida não pode ser assim...
Tenho dito.

T. disse...

um texto a saber a "pólvora molhada" e gostei..(pa variar)...

e passei por cima da guerra k vai por aki!=D

Nádia disse...

Só tenho a dizer, em volta desta polémica toda, que quem não sente não escreve assim...
Sabes que gosto dos teus tanto quanto gostas dos meus :) parabens!

_XugarSpice_ disse...

O que importa é o que se sente ao ler...
E se se sente, é porque algo é transmitido.

Eu gosto muito!

Beijinhos grandes!