quinta-feira, agosto 07, 2008

Calor...

Sobe lentamente, como caem as lágrimas doces e selvagens pelo meu rosto, todo esse vapor ancestral que se entranha bem fundo nos ossos, que entorpece visceralmente os movimentos, que ensopa satisfatoriamente a alma e que tolhe velozmente toda a esperança.
Apesar da uberdade reluzente desta minha queda, apesar da hilaridade maléfica desse senhor sentado no púlpito áureo que comanda a minha existência, apesar do cheiro frio a queimado da minha fé nesse brasido marmóreo, não consigo deixar de sorrir com a miragem melíflua dos teus olhos felizes.
Ainda assim, não consigo deixar de continuar à procura da porta basáltica de pedra.