domingo, fevereiro 14, 2010

Perversidades

É totalmente branco. De um absoluto vertiginoso e, ao mesmo tempo, imaginário. Talvez… Talvez ligeiramente salgado, de um prazer ascético e catártico.
Será que consegues vislumbrar a pérfida alegria da sua majestosa claridade? E a chocante promiscuidade com a loucura divina? E será que poderia ser mais branco? Ferir os olhos ainda que por trás da opacidade do amor? Mais perturbantemente translúcido que fundisse a doce realidade com a amência da ficção?
Não! É só, e simplesmente, branco. Sem qualquer outro figurado ou aparente significado.

12 comentários:

Maria Paulo Rebelo, disse...

Não não é ! É de azul turquesa o opaco marinho que se deixa vislumbrar pelos meus olhos, deixou-se, pelo menos ontem.
E Clarisse... pintou-o de violeta forte chamando-o por um outro nome. Alarico também me falou de um verde esquálido e sórdido, mas ornou-o com um laço em popelina para ficar mais catita. Diz que a partir de então o verde se tornou mais amarelo...

;)

Filipe disse...

Não está mal, mas já fez melhor.

E nada é simplesmente branco.

Maria Paulo Rebelo, disse...

Desculpa Filipe mas o meu nada é bem mais branco que o teu branco... roça o azul :P

Filipe disse...

Exacto, Maria. O cúmulo do Nada definhou e morreu sob um estandarte azul e branco! :)

Maria Paulo Rebelo, disse...

Isso quer dizer o que eu penso que quer dizer Filipe Brito Bastos ? :(

Filipe disse...

... preferia não enveredar por discussões de teor não literário nesta nobre casa;)

Maria Paulo Rebelo, disse...

Lol tu é que começaste: lançaste a provocaçãozita; e agora pedes-me para não ripostar… Mas tudo bem, faço jus ao teu pedido... sou uma pessoa pacífica. ;)

Gabrielle Solis disse...

Gosto da forma poética como se exprime, de um verdadeiro profundo quanto o branco que traduz na sua mensagem.
Espero que numa eventual visita venha a gostar do meu blogue http://carriebradshawwithalife.blogspot.com/.
Gosto da forma como idealiza e traduz para o "papel", como que conseguimos entrar na sua realidade e sentir cada descrição que faça.

Maocat disse...

O branco, pode ser tudo, pode ser o mais profundo vazio, pode ser um abismo celeste sem fim. Pode ser a Morte, pode ser a vida.
Não é o branco que tem em si todas as cores? Suponho que o branco contenha em si todos os conceitos igualmente.
Não definido.
*

Filipe de Arede Nunes disse...

Alexandra,

Muito obrigado pelo seu comentário. Gostei da sua reflexão. Sinta-se à vontade de participar sempre que sentir vontade.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Maria Paulo Rebelo, disse...

Alexandra...
Certo dia um tertuliano que muito prezo e que bem conheces, disse-me uma vez que, o amor correspondia, no plano das cores, ao branco; e isto porque assim como o branco englobava todas as cores do espectro solar, também o amor englobava todos os sentimentos do ser humano: ódio, paixão, desilusão, respeito etc etc.
A analogia não deixa de ser interessante.

CBastos disse...

Branco é começar de novo, without hope or agenda.

E Branco não é o Nada, é antes o Tudo que depois de vivido e misturado resulta na mudança e em novas experiências!

But always, always without hope or agenda!