sexta-feira, novembro 28, 2008

Sal de menta

Eu bem tento fugir da espadana de um magenta cristalino, das líricas torrentes da promessa, das sequazes margaridas que me apertam na sua garra oculta. Tento desaparecer sob a estultícia dos heróis, descansar no regaço da desordem, imergir dentro da esperança refractária e fugitiva da fantasia e por isso procuro a complacência do teu olhar, o calor da tua mão, a serenidade do teu sorriso… Infelizmente não consigo encontrar mais do que vácuo pulverulento da metódica incerteza!

9 comentários:

Maria Paulo Rebelo, disse...

Ahhhh... abençoada inspiração! Afinal parece que vir aqui todos os dias sempre é compensador! =)
Perdão professor mas eu não posso deixar de comentar, sem querer estar a abusar mas é-me tão tentador que sem dúvida impossível de resistir! E ainda que o outro não estivesse mal (aliás nenhum deles o está), este está sem dúvida melhor! Keep on ;)

Melódica graciosidade que exprime nos textos! Pena só mesmo o melancólico sentimento e o compassado abatimento que temem perdurar.

Indiscutivelmente metódico é, sem dúvida, esse rofo conhecimento incerto que alimenta sonhos e enterra esperanças. Todavia já houve quem profetizasse que "o caminho faz-se caminhando", e que, por isso, nada mais é a incerteza de que pano algum de vermelho cetim, em palco negro, que roga por ser entusiasticamente aberto, desta feita desvendando as incertezas gritantes, os sonhos fulgurantes e os futuros luzentes que esconde!

(E ainda que não seja ninguém para ditar seja o que for) a mesura da vida joga-se na irreverência dos seus ditames! Think about it ;)

Anónimo disse...

devias era abrir os olhos para o que tens à frente em vez de ficares preso ao passado. Arrisca-te. Atira-te de cabeça. Não vais cair.

Filipe de Arede Nunes disse...

Está enganado o anónimo. Este texto não é auto-biográfico!

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

O anónimo falou em termos genéricos: não especialmente dirigido ao autor (até porque nem o conheço). Escevi esse comentário porque passei por bocados dificeis os quais me vi identificado nalguns dos textos que escreveu. Passei por aqui por acaso e gostei do que li. De todo, os meus comentários são distituidos de qualquer sentido pejurativo.
Já agora o anónimo chama-se José F. e esqueceu-se de assinar.

Filipe de Arede Nunes disse...

Agradeço ao José o comentário de esclarecimento às primeiras frases e as palavras simpáticas que me dirigiu.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

Professor, de facto, escreve muito bem. Já deu provas disso e continua a dar. Isto anda a tornar-se um vicio, ainda que agradavel. Onde vai buscar toda essa inspiração? Espero que ela não acabe tão rapidamente, certo? À espera por mais...

Tania Morais disse...

Filipe,

Enganas-te. A tua opinião é das que mais prezo, pela distância e lucidez que te reconheço como qualidades. E estes desafios têm o seu quê de especial para que cresçamos (o que aprendi em dois dias...).

Tinhas e tens razão. Sem sombra de dúvida.

Beijinho,
Tânia

Anónimo disse...

devias era ver o monte de merda que tens à frente e que aturas todos os dias.

só merda

Maria Paulo Rebelo, disse...

Sendo um vasto espectro vocabular a nossa tão bela língua portuguesa (e apesar de todos os esforços do governo para a empobrecer e retirar-lhe os seus germens, reduzindo-a a palavras baratas de um brasileiresco irritante), rica como muitas têm a pretensão de ser, e contando-se entre ela inúmeras palavras tão mais agradáveis e sonantes; porquê o emprego dessas tão pequeninas e rudes?

Take care,
Maria Rebelo