tag:blogger.com,1999:blog-184049092024-03-08T23:41:36.499+00:00A Metafísica do CostumePerscrutamos quimeras na infinita ignorância em que teimamos gravitar, na pretensiosa e arrogante demanda por uma irrealidade que nos consome e que nos desfaz, numa ilusão utópica de verdade.Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.comBlogger93125tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-73375889963231997162020-03-20T01:37:00.001+00:002020-03-20T01:37:47.435+00:00Para além de Paris.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não mintas! Claro que adorarias que não tivesse sido tudo uma ilusão. Que fosse esperança para além da surpresa. Que pudesse ter havido perenidade na vontade de sorrir e a transmutação da pueril fantasia em realidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não mintas! Percebeste desde o primeiro momento do desastre do teu delírio. Escolheste, imprudentemente, voar até ao Sol com asas de Ícaro. O que esperavas? Lá porque acreditaste que lhe podias segurar a mão, será que te julgaste com direito ao Olimpo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não mintas! A culpa é tua. Quem te mandou tentar roubar os deuses como o fez o filho de Jápeto? Foi a luxuria que te condenou ao fracasso.</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-17460488454089806682020-03-11T23:55:00.000+00:002020-03-11T23:56:48.997+00:00«Pára! Para onde foges? Iremos os dois juntos!»<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É mentira, não há princesas encantadas! Não tens alternativa. Escolhe! Ou aceitas viver um embuste, ou te atreves a escutar o misantrópico silêncio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É claro, seja qual for a tua opção, não tens de prescindir dos sonhos! Mas é mesmo isso que desejas? Quando Morfeu te sufla, o que tens sem ser ilusão? Lembra-te, poderás buscar o corpo, mas apenas abraçarás o ar!</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-52633419005345721962020-01-28T23:56:00.001+00:002020-01-28T23:56:41.372+00:00Lunga vita<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sei que é uma inutilidade, mas penso muitas vezes no que não fomos ou no que poderíamos ter sido. Não com satisfação, mas reconheço a esterilidade do exercício. É que estou certo de que, desta forma, não só não alcanço a catarse emancipadora, como, provavelmente, me sujeito, nesciamente, a uma penitência que deveria tentar evitar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nesses momentos, se tivesse o arrojo de me olhar ao espelho, sei que veria apenas o fracasso. No entanto, infelizmente, não preciso dele para o sentir.</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-85881407354603628522020-01-26T22:34:00.000+00:002020-01-28T23:57:11.743+00:00Heméra<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É claro que te observo sempre que tenho ocasião. Infelizmente, são poucas as vezes em que te materializas na minha presença. No entanto, nesses momentos, tudo o resto se volatiliza à minha volta e, como que por feitiço, transformas-te no todo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No resto do tempo não posso mais do que imaginar-te. Sei, porém, que, provavelmente, toda a candura e fogosidade com que te matizo na minha mente não será mais do que a projecção do meu desejo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É que sabes? Fascinas-me absolutamente. Porquê? Não tenho bem a certeza. Talvez devido a uma certa fragilidade violenta com que, por vezes - e eu sei que o fazes - me olhas. Talvez porque a tua beleza cintilante, praticamente perfeita, me deixa aprisionado. Talvez porque sorris com o teu olhar enquanto as estrelas te iluminam.</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-90985237842415229142019-11-19T23:41:00.000+00:002019-11-19T23:41:02.084+00:00Acidália<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Vi-te demasiado perto para me poder esconder ou fugir. Tê-lo-ia feito se pudesse! Seria um cobarde. Não pensaria duas vezes se tivesse tido a oportunidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi de soslaio. Uma fracção de segundo. No entanto, bastaria uma fracção de fracção para te reconhecer. Num firmamento de estrelas imensamente brilhantes cintilaste sempre de forma distinta. É que a tua flamância ribomba de forma perene e distinta no Universo e deixa nele um traço perfeitamente único. Tu sabes que sim. Distinguir-te-ia imediatamente no meio de qualquer multidão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Caramba, como continuas linda! Se tivesse olhado mais do que um milissegundo teria sucumbido e ter-me-iam faltado as forças para me manter de pé. Quase petrifiquei e o meu coração, imediatamente antes de começar a bater de forma desenfreada e descompassada, quase parou. Foi exactamente antes do arrepio que me correu o corpo e das borboletas que senti na barriga. Praticamente ao mesmo tempo que senti os meus olhos marearem-se de lágrimas. Caramba, como sempre foste linda!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Passámos tão perto um do outro que consegui sentir o teu magnetismo. Aquela atracção catastrófica que apenas as leis da física conseguem explicar. Só que desta vez tinhas a força hercúlea de um buraco negro. Passámos tão perto que te senti a sugar-me a alma. Mas sejamos francos, também já não havia mais nada para te banqueteares para a além da imaterialidade do que fui.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Estou agora certo de que o que mais desejaria era ter continuado a olhar-te. Gostaria de ter podido absorver todas as gotas ásperas do imenso amor que resultou da colisão de dois corpos celestes sentenciados a encontrar-se quando, no infinito, as suas órbitas se cruzam. Tivemos sorte. O tempo cósmico nem sempre coincide com o tempo humano.</span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> Podíamos, na nossa vida, ter vagueado pelo nosso sistema sem nunca nos termos aproximado o suficiente. E, se assim assim fosse, nunca teria cheirado o doce sabor do teu perfume e nunca teria estado tão próximo da tua beleza inebriante.</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-91712665020754381432019-11-11T23:42:00.001+00:002020-03-11T23:57:55.877+00:00Index Librorum Prohibitorum<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E se por um acaso incompreensível a minha alma fosse um livro e tu, acidentalmente, me encontrasses na rede labiríntica e aparentemente infinita de uma biblioteca? Talvez, apenas por mera curiosidade, ou quem sabe, impelida por uma inquietação inexplicável, talvez... bom, talvez me pegasses! Depois, querendo, poderias folhear-me brandamente. Desejando, porventura, poderias pousar os teus preclaros e doces olhos castanhos nas páginas aparentemente proibidas e, corajosamente, ler os segredos cuidadosamente acautelados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ah! Quem me dera, quando ao longe passo por ti, poder cheirar o aroma aveludado que a tua pele exala. Quem me dera poder fitar-te sem receio, poder sorrir-te como se fôssemos cúmplices e poder tocar-te como se tivéssemos a vida toda pela frente. Mas, infelizmente, acho que não fazes ideia de como cintilas no meio da escuridão.</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-2617987111599535212019-03-04T20:30:00.000+00:002019-03-04T20:30:38.991+00:00Für Elise?
<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Desististe
de mim?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- De ti? Desisti
de mim próprio. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Não me
respondeste! Diz-me! De mim, desististe? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Tu? Tu não
representas nada. És apenas o futuro que nunca aconteceu! Não és mais do que a
recordação de uma tarde de Primavera aparentemente perfeita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Porque
desististe?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Porque
perdi a esperança.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Não desististe
de mim, pois não?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Já te
disse que sim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">- Mentes! Eu
não fui uma tarde de Primavera, fui o Verão inteiro! Fui uma detonação cósmica
de sorrisos e beijos. Além do mais, nunca se perde a esperança!</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-family: Calibri;"></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span>Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-45937816510959807662018-10-22T22:58:00.003+01:002018-10-22T23:00:02.366+01:00A espada de Dâmocles<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; margin: 0px;">Será que consegues ouvir o eco ribombante
do silêncio que arde dentro de ti? O bater compassado, apressado, violento do
vazio? A intensa brisa perfumada a soledade?</span></div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; margin: 0px;">É que não te enganes! Não há ninguém a ver o som
dos teus sorrisos ou a escutar os teus olhares. Não te mintas! O passado não tem
personificação possível, é miragem alucinogénica. Não te iludas! Nada há para
além das interrogações permanentes: para quê, porquê, para quem?</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-28892345387884963312017-12-31T00:44:00.001+00:002017-12-31T00:46:08.086+00:00Sobre a desconstrução da memória<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Lembro-me de ti todos os dias. Não sei se podia ser diferente… é que
esquecer-me de ti seria como esquecer-me de mim próprio. E tu sabes que no
fundo, tudo, sobretudo a nossa existência, não é mais do que apenas Memória. A
memória das noites frias em que encostavas os teus pés gelados aos meus, dos
sonos escarlates e saltitantes, dos grãos de areia e toalhas enrodilhadas, das
grutas repletas de estalactites e estalagmites, dos abraços e das mãos perpetuamente
entrelaçadas...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Talvez seja isso! Demorou demasiado, mas creio que finalmente compreendi
a vastidão hercúlea do meu fracasso. É que hoje, mais do que alguma vez, tenho
perfeita noção de que os fragmentos da minha materialidade presente – mas
transitória – encontram apenas fundamento nas memórias de uma existência passada
que se vai haurindo à medida que os segundos, numa sequência vertiginosa e
imparável, perecem uns atrás dos outros. Memórias, seguramente, encobertas ou
reconstruídas pelo Véu de Maya. Memórias que não podem, certamente, ser mais do
que meras imagens reflexas e quimeras forjadas pela implacável passagem do
tempo. Memórias de tal forma metamorfizadas que agora serão, garantidamente,
pouco mais do que as substâncias amórficas e plasticizadas da tentativa
frustrada de um processo catártico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Diz-me ao ouvido, por favor, como é que se vive com o reconhecimento
do fracasso absoluto? Como conservar o equilíbrio com a certeza de que somos somente
o produto fátuo de recordações, de lembranças e de memórias que, aparentemente,
nos envolvem como um manto protector, mas que, na verdade, apenas obnubilam a
dimensão intrínseca de um desaparecimento gradual e certo? Como admitir que a
nossa finitude não é apenas a inevitabilidade de um futuro mais ou menos
distante, mas a hodiernidade inconfessável do momento presente? É que, na
verdade, sinto-me a desaparecer a uma velocidade tal que quase consigo
senti-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É que sabes, apesar de ser pouco mais do que sombra, entre a reconstrução
da memória e a agnição do fracasso, consigo ainda vislumbrar reminiscências da matéria
de que és feita. Nesses momentos, toda a minha humanidade estremece perante a lembrança
da fogosidade da tua pele, da suavidade do teu perfume, da solicitude da tua
voz e da perfeição do teu sorriso. Por instantes quase que respiro, apesar da absoluta
noção de que te perdi para sempre! Ninguém consegue imaginar a falta que me
fazes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-37724698843381045302017-06-18T01:25:00.004+01:002017-06-18T01:25:59.022+01:00Sobre sereias e tágides!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pergunto-me com frequência se
terás noção de que, mesmos nos teus silêncios longínquos e aparentemente envergonhados,
brilhas de forma intensa como uma estrela absolutamente perfeita num firmamento
quase infinito. Se já percebeste que a luz que irradias quando sorris é capaz
de alumiar as mais tenebrosas vertigens de fugas que tantas vezes se dissimulam
de demandas. Se consegues compreender verdadeiramente a dimensão intrínseca e
perturbadora dessa tua beleza extraordinariamente magnética mas quase que
certamente proibida.</span><o:p></o:p></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-18509179715924682292017-04-22T03:26:00.002+01:002017-04-22T03:26:18.055+01:00Demanda sobre o tempo perdido!
<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Sinto, infelizmente, que, muito provavelmente, nunca serás mais do que
uma singularidade aparentemente perfeita da minha delirante imaginação mas não
consigo, apesar dos indícios da minha desordeira estultícia, deixar de tentar
adivinhar a matéria intrínseca dos teus mais recessos pensamentos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É claro que não sabes mas vivo, desde que te vi, uma existência
atormentada! É que não apenas não consigo desvendar os segredos dos teus
pensamentos como, ao longe, por mais que esforce a visão, a audição e o olfacto,
nem sequer sou capaz de perceber se o castanho é mesmo a cor dos teus olhos, se
a tua voz é harmoniosa como a de um anjo ou qual a fragância que polvilha a tua
pele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">São tamanhas as incertezas que, em tantos momentos, tenho vontade de
estender a mão para te tocar e, através do calor da tua pele, tentar perceber
se és mesmo real ou, se afinal, és apenas como uma bolinha de sabão com sabor a
algodão doce. Como era bom que quisesses ser real!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-62277009546703008332017-03-25T03:32:00.003+00:002017-03-25T03:32:44.104+00:00Teorias de intepretação!
<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Sabes o que mais queria? Que me pudesses adivinhar as palavras sem que
eu tivesse sequer de as pensar e que te fosse possível compreender o sentido brando
e polissémico do meu rio de sorrisos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É que será que já imaginaste quanto seria o tempo roubado ao futuro se
nos soubéssemos decifrar nos silêncios e nos olhares infinitos? Talvez desse
para subirmos, como colibris que mergulham e regamboleiam, as escadarias
torneantes dos arco-íris. Ou, quem sabe, para observar em surdina, no breu de
uma noite desértica, imortais chuvas de estrelas cadentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Tu sabes o que tens e só tu podes fazer: pega na chave e destranca a
porta!</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-81584483771115136042017-03-03T00:19:00.003+00:002017-03-03T00:19:18.962+00:00Desejos...
<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Apetece-me,
muito, descascar-te! Doce e demoradamente, camada por camada até descobrir se
os malmequeres cheiram a pores-do-Sol e se as andorinhas bebem a Primavera.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Apetece-me, demais,
encontrar-te! Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas. Nas passagens de
nível, nas passadeiras ou nos sinais vermelhos. No frio anoso das manhãs de
Fevereiro ou no calor fragrante das tardes soalheiras de Agosto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Apetece-me, nesciamente,
adivinhar-te! Entre sorrisos e sardas, expectativas e apetites, silêncios envergonhados
e vestidos brancos.</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-47734421959858466802017-02-28T00:02:00.003+00:002017-02-28T00:02:20.283+00:00Entre Musas!
<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-Responde-me, por favor, o que vês?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-O silêncio de um relógio de madeira. Uma mulher, esculpida em prata,
segura, entre os seus braços, como se não o pudesse deixar fugir, todo o tempo
do Mundo. Incrustações, sublimes, em madrepérola nas cercaduras do sofá de pele
castanha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-Só?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-Uma vela, derramada sobre a mesa de velho carvalho, inflama-se, doce
e titubeantemente, ao som de </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Apollon
Musagète</span></i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-Que mais?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-Um homem, de sapatos negros, bem engraxados, sorri de olhos cerrados.
Segue, placidamente, com a cabeça, o ritmo das cordas que choram alegre e esfuziantemente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">-Está acompanhado?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-1351633761392104052016-11-23T00:15:00.000+00:002016-11-23T00:15:12.411+00:00Estudos sobre a memória II
<br />
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Nunca, como
quando me recordo de ti, tenho tão perfeita noção da minha insuperável
finitude! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Talvez seja
do sabor ocre do calor que sinto nas minhas mãos quando repousam em surdina
numa espera infantil ou da visão mosqueada de negro e grená que me surge nas
entrelinhas numa tentativa de reminiscência catártica. Talvez seja porque
procure encontrar um significado perene para a imensidão de cruzamentos superados
em velocidade vertiginosa ou porque sou incapaz de aceitar a minha natural incapacidade
para mergulhar na profundidade do azul oceânico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Nunca, como
quando me tendo recordar de nós, tenho tão perfeita noção da representação do
vazio!</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-88707833632446290442016-10-22T03:22:00.000+01:002016-10-22T03:22:29.825+01:00Estudos sobre a memória
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Parece
mentira, mas encontro-te em todos os ângulos rectos e nas margens estreitas da
memória e sou ainda capaz de te achar nos caminhos traçados a giz que descobrem
a variedade escavada dos sentidos. Na anamnesia dos misteriosos sorrisos, no embriagante
perfume, na brandura do toque reconheço a profundidade ateia do que foste!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Por vezes, sobes
por mim acima como se fosses um arrepio! Entras na minha alma e fazes-te notar!
Revelas-te no doce sal das minhas lágrimas! No entanto, sinto que o Tempo me
está a pregar uma partida, como se a recordação em mim gravada não passasse de
uma miragem estupidamente real impressa num futuro que nunca acontecerá ou como
se a tua existência e a minha pudessem, por artes mágicas, voltar a partilhar o
mesmo Universo estelar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Não sei
porque é que insistes em aparecer em todos os momentos! Não há futuro para nós,
apenas um passado em que o real e o imaginário se aproximam como duas linhas
paralelas que se prolongam para o infinito.</span><span style="font-family: Calibri;"> </span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-23877977634186936312016-04-17T19:11:00.003+01:002016-10-22T03:22:45.614+01:00Sophia como Eurídice<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">Não sou eu que não existo, és tu! Aconteceste apenas numa criação da minha ébria imaginação. Num eclipse lunar numa tarde de primavera. Numa ilusão repleta de metáforas e acúleos venenosos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">Não fomos nós que não existimos, foste tu! Nós... nós beijámo-nos de mãos dadas nas praias desertas e silenciosas! Banhámo-nos desnudos nas margens saxosas dos rios encobertos. Silenciámo-nos encostados perante a grandeza do Amor. Dissemos a verdade durante toda a eternidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: small;">Não sou eu que não existo, és tu! Eu... eu percorro sozinho a extensão do enorme deserto. Sento-me na sombra dos feitos de Orfeu. Choro a dor de tu nunca teres existido!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-53828191696873772092014-05-29T16:21:00.001+01:002014-05-29T16:21:10.126+01:00Sobre o tempo! - Variação
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">Vi-te, ao longe,
doce e levemente perfumada enquanto sorrias, melancolicamente, em direcção ao
infinito. Seguravas na mão uma purpúrea gerbéria que reflectia sóbria e
perdidamente a solicitude ascética do teu olhar. O teu prefulgente vestido,
pintado de tarde de Primavera, volitava e exalta-te ao som de um electrizante
papagaio de papel.<br />
Dá-me a tua mão e deixa-me abraçar-te! O futuro está à nossa espera.<o:p></o:p></span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-33692435949987054532013-04-13T02:18:00.000+01:002013-04-13T02:25:19.572+01:00Sobre a intemporalidade...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Estou nu, asceticamente despido, sentado no cimo do penhasco enquanto contemplo o ponteiro das horas sorrindo para o infinito. Sinto-me deserto, ocupado de uma imensidão de nada, perdido! O vazio que me enche é de uma indiferença tocante, inflamado como um bloco de gelo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Vejo-me a desaparecer. Talvez fosse apenas uma miragem, um raio de Sol numa noite de tempestade, o trago açucarado de um limão verde. É possível que nunca tenha existido, que tenha sido somente a experiência tétrica de um deus fracassado.</span>
</div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-66760399187060668202011-03-22T15:21:00.001+00:002013-04-13T02:25:35.817+01:00Loucos!<div align="justify">
<span style="font-family: georgia;">Descem pelos carrosséis abaixo numa vertigem descontrolada como sinetas que balem silêncios vermelhos, agarrando-se, impiedosamente, às bengalas prateadas e envoltas em álamos. Fremem latidos vencidos que entorpecem e enterram as suas mãos fechadas enquanto o sabor do sal invade o horizonte.<br />Perderam-se nas saliências oníricas do trovejar dos seus pensamentos. Agora, quando procuraram na imensidão alegórica da verdade, encontram apenas a sombra granítica da estultícia. Talvez por isso bailem em elipses… Sobem devagar e depois caem impetuosa e violentamente como as pétalas amarelas de um malmequer.<br />Confrontam a realidade como se dela fizessem parte! Porque saltam e riem, porque escarnecem e vibram, porque exultam e sofrem, porque bebem e vociferam... Mas porquê?<br />Agora fogem! Talvez um dia ainda regressem… </span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-4245410601016712412010-12-15T16:38:00.001+00:002013-04-13T02:25:47.414+01:00Sobre a tristeza!<div align="justify">
<span style="font-family: georgia;">Encontro-te pesarosa e violentamente debruçada sobre uma irrealidade fantasmagórica que te rapina, nesciamente, a fosforescente alacridade com que encantas os meus olhos quando te vejo e imagino!<br />Sentenciando alarvidades pejadas de espinhos de murchas rosas e estuprando a sincera beleza que emanas, caem-te as pétalas candentes num jorro de murmúrios violentos que apagam a solicitude ascética da tua verdade.<br />Como morrem num ápice os anteriormente maravilhosos sorrisos cantados de alecrim e manjericão! Como explodem em anarquia e dolência as palavras dantes cuspidas em bolas de sabão e balões de ar quente! Como se retraem e morrem os dedos habituados aos saltitos nervosos da excitação!<br />Quero encontrar-te nas saliências rochosas dos castelos de areia! Ver-te pairar sobre a consciência amorfa da irrealidade! Quero sorrir-te nos reflexos salgados do mar de prata e sentir a saudade do futuro! </span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-32171840742781285752010-09-13T15:15:00.000+01:002013-04-13T02:25:56.021+01:00Sobre a visão!<div align="justify">
<span style="font-family: georgia;">Imagina que a Lua se suspende, inerte e pesarosa como uma cereja, no arribar da noite, na expectativa de te ver. Que se prostra perante ti e que se afogueia, com exuberância e verdade, na segurança da placidez do teu sorriso… Que abrolha de tranquilidade com a brisa do teu perfume e se enfeitiça com o teu reflexo contemplativo e sedutor. Abraça-a!</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-61814135787806855442010-07-30T22:15:00.000+01:002013-04-13T02:26:05.200+01:00Sobre o medo!<div align="justify">
<span style="font-family: georgia;">Porque estás tão assustada? Estende-me a tua mão. Eu agarro-a e seguro-a bem dentro da minha… Espera! Eu abraço-te e protejo-te. De certeza que os meus braços são suficientemente grandes e fortes para te enlevar e te conservar bem junto ao meu peito. Não fujas!</span></div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-2187522251528193082010-07-21T23:17:00.002+01:002013-04-13T02:30:44.988+01:00Sobre o tempo!<div align="justify">
<span style="font-family: georgia;">Vi-te, ao longe, doce e levemente perfumada enquanto sorrias, melancolicamente, em direcção ao infinito. Seguravas na mão uma purpúrea gerbéria que reflectia sóbria e perdidamente a solicitude ascética do teu olhar. O teu prefulgente vestido, pintado de tarde de Primavera, volitava e exalta-te ao som de um electrizante papagaio de papel.<br />Depois perdi-te!</span> </div>
Filipe de Arede Nuneshttp://www.blogger.com/profile/09399528294074941335noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-18404909.post-67257454156844095662010-04-15T11:21:00.004+01:002013-04-13T02:26:17.495+01:00O ímpio<div align="justify">
<span style="font-family: georgia;">O olhar ponderoso e fugidio com que arpoava o paulatino desembrulhar dos minutos na pedregosa torre carcomida pelo tempo, causticamente ilustrava a solidariedade ufana com que se atinha com a secreta discussão em seu redor. Enquanto o ponteiro copiosamente balançava entre uma irracional correria para a hora mais próxima e uma vagarosa contemplação de bucólica placidez, mastigava o súrculo agridoce de um cigarro respirando longas e pausadas baforadas de um vermelho enegrecido e violento.<br />O auditório, de uma plebeia vulgaridade, observava atónito, calado e perdido, a pérfida alegria com que o indivíduo, convictamente, os ignorava. Em uníssono respirava-se dolorosamente enquanto se aguardava um qualquer sinal em que se reconhecesse a existência da colectividade. Esperava-se, quiçá, um milagre!<br />Talvez não pudessem mesmo esperar qualquer outra coisa que se enquadrasse melhor nesses padrões designados por normais. É que, a opacidade melódica que se lia no fundo esverdeado dos seus olhos era de um infinito aterrador, como se escondessem áugures ou quem sabe apenas mágicos curandeiros, como se albergassem uma sagrada sapiência!<br />De repente, como se respondesse a uma voz muda mas poderosa, o indivíduo começou a levitar. A multidão olhou-o num misto de êxtase colectivo e cepticismo patológico enquanto ele lentamente subiu até desaparecer. Talvez nunca lá tenha estado!</span> </div>
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