terça-feira, janeiro 28, 2020

Lunga vita

Sei que é uma inutilidade, mas penso muitas vezes no que não fomos ou no que poderíamos ter sido. Não com satisfação, mas reconheço a esterilidade do exercício. É que estou certo de que, desta forma, não só não alcanço a catarse emancipadora, como, provavelmente, me sujeito, nesciamente, a uma penitência que deveria tentar evitar.
Nesses momentos, se tivesse o arrojo de me olhar ao espelho, sei que veria apenas o fracasso. No entanto, infelizmente, não preciso dele para o sentir.

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