segunda-feira, novembro 11, 2019

Index Librorum Prohibitorum

E se por um acaso incompreensível a minha alma fosse um livro e tu, acidentalmente, me encontrasses na rede labiríntica e aparentemente infinita de uma biblioteca? Talvez, apenas por mera curiosidade, ou quem sabe, impelida por uma inquietação inexplicável, talvez... bom, talvez me pegasses! Depois, querendo, poderias folhear-me brandamente. Desejando, porventura, poderias pousar os teus preclaros e doces olhos castanhos nas páginas aparentemente proibidas e, corajosamente, ler os segredos cuidadosamente acautelados.
Ah! Quem me dera, quando ao longe passo por ti, poder cheirar o aroma aveludado que a tua pele exala. Quem me dera poder fitar-te sem receio, poder sorrir-te como se fôssemos cúmplices e poder tocar-te como se tivéssemos a vida toda pela frente. Mas, infelizmente, acho que não fazes ideia de como cintilas no meio da escuridão.

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