Apetece-me,
muito, descascar-te! Doce e demoradamente, camada por camada até descobrir se
os malmequeres cheiram a pores-do-Sol e se as andorinhas bebem a Primavera.
Apetece-me, demais,
encontrar-te! Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas. Nas passagens de
nível, nas passadeiras ou nos sinais vermelhos. No frio anoso das manhãs de
Fevereiro ou no calor fragrante das tardes soalheiras de Agosto.
Apetece-me, nesciamente,
adivinhar-te! Entre sorrisos e sardas, expectativas e apetites, silêncios envergonhados
e vestidos brancos.
Sem comentários:
Enviar um comentário