sábado, abril 13, 2013

Sobre a intemporalidade...

Estou nu, asceticamente despido, sentado no cimo do penhasco enquanto contemplo o ponteiro das horas sorrindo para o infinito. Sinto-me deserto, ocupado de uma imensidão de nada, perdido! O vazio que me enche é de uma indiferença tocante, inflamado como um bloco de gelo.
Vejo-me a desaparecer. Talvez fosse apenas uma miragem, um raio de Sol numa noite de tempestade, o trago açucarado de um limão verde. É possível que nunca tenha existido, que tenha sido somente a experiência tétrica de um deus fracassado.

4 comentários:

Red Angel disse...

E como é que se sente o nada e o vazio?

Todos falam desse "sentimento" e eu até hoje continuo a questionar: Como se sente o vazio? E o que é, nada sentir?
É contraditório...

Filipe de Arede Nunes disse...

O vazio é apenas um conceito que procura exprimir uma ideia que é de muito complicada densificação. Seja como for quero apenas fazer notar que este blogue é, acima de tudo, uma experiência de cariz artístico/estético.

Rita disse...

Há anos que não visitava este blog.

Grata lembrança que tantos sorrisos me roubou.

Beijinho Filipe!

Rita disse...

Há anos que não visitar este blog.

Que grata surpresa!

Beijinhos Filipe