quarta-feira, abril 12, 2006

Requiem.

As paredes, de um alabastro aterrador e venenoso, descem sobre mim como cataratas gigantes que se despenham sobre o leito calmo e tranquilo de um rio abraçado por eternas árvores que sempre se recusaram a despir.
No centro, sinto-me amarrado, preso a um ideal que me despejei como a uma fuga. Encontro-me... desencontrado e fora da composição melódica que arquitectei para mim!
Procuro e vejo uma porta que se assemelha a uma ancora velha, crispada e segura por uma enorme corrente de ferro que a liga a um colossal íman que a puxa e amarra contra o centro de um buraco negro.
Ah! Pode ser que afinal esteja a ver a claridade bucólica que parece aproximar-se numa espiral imperfeita, pode ser que o reflexo que o meu pensamento imana da tua imagem, seja o suficiente para conseguir sair.

3 comentários:

_XugarSpice_ disse...

Arquitectaste-te apaixonado??
Eu acho que não...

alyia disse...

Só para deixar um beijo e desejar Boa Páscoa **

T. disse...

poderoso este post

(e é rio)

bj*