Estou nu, asceticamente despido, sentado no cimo do penhasco enquanto contemplo o ponteiro das horas sorrindo para o infinito. Sinto-me deserto, ocupado de uma imensidão de nada, perdido! O vazio que me enche é de uma indiferença tocante, inflamado como um bloco de gelo.
Vejo-me a desaparecer. Talvez fosse apenas uma miragem, um raio de Sol numa noite de tempestade, o trago açucarado de um limão verde. É possível que nunca tenha existido, que tenha sido somente a experiência tétrica de um deus fracassado.
4 comentários:
E como é que se sente o nada e o vazio?
Todos falam desse "sentimento" e eu até hoje continuo a questionar: Como se sente o vazio? E o que é, nada sentir?
É contraditório...
O vazio é apenas um conceito que procura exprimir uma ideia que é de muito complicada densificação. Seja como for quero apenas fazer notar que este blogue é, acima de tudo, uma experiência de cariz artístico/estético.
Há anos que não visitava este blog.
Grata lembrança que tantos sorrisos me roubou.
Beijinho Filipe!
Há anos que não visitar este blog.
Que grata surpresa!
Beijinhos Filipe
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