Eu bem tento fugir da espadana de um magenta cristalino, das líricas torrentes da promessa, das sequazes margaridas que me apertam na sua garra oculta. Tento desaparecer sob a estultícia dos heróis, descansar no regaço da desordem, imergir dentro da esperança refractária e fugitiva da fantasia e por isso procuro a complacência do teu olhar, o calor da tua mão, a serenidade do teu sorriso… Infelizmente não consigo encontrar mais do que vácuo pulverulento da metódica incerteza!
9 comentários:
Ahhhh... abençoada inspiração! Afinal parece que vir aqui todos os dias sempre é compensador! =)
Perdão professor mas eu não posso deixar de comentar, sem querer estar a abusar mas é-me tão tentador que sem dúvida impossível de resistir! E ainda que o outro não estivesse mal (aliás nenhum deles o está), este está sem dúvida melhor! Keep on ;)
Melódica graciosidade que exprime nos textos! Pena só mesmo o melancólico sentimento e o compassado abatimento que temem perdurar.
Indiscutivelmente metódico é, sem dúvida, esse rofo conhecimento incerto que alimenta sonhos e enterra esperanças. Todavia já houve quem profetizasse que "o caminho faz-se caminhando", e que, por isso, nada mais é a incerteza de que pano algum de vermelho cetim, em palco negro, que roga por ser entusiasticamente aberto, desta feita desvendando as incertezas gritantes, os sonhos fulgurantes e os futuros luzentes que esconde!
(E ainda que não seja ninguém para ditar seja o que for) a mesura da vida joga-se na irreverência dos seus ditames! Think about it ;)
devias era abrir os olhos para o que tens à frente em vez de ficares preso ao passado. Arrisca-te. Atira-te de cabeça. Não vais cair.
Está enganado o anónimo. Este texto não é auto-biográfico!
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
O anónimo falou em termos genéricos: não especialmente dirigido ao autor (até porque nem o conheço). Escevi esse comentário porque passei por bocados dificeis os quais me vi identificado nalguns dos textos que escreveu. Passei por aqui por acaso e gostei do que li. De todo, os meus comentários são distituidos de qualquer sentido pejurativo.
Já agora o anónimo chama-se José F. e esqueceu-se de assinar.
Agradeço ao José o comentário de esclarecimento às primeiras frases e as palavras simpáticas que me dirigiu.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Professor, de facto, escreve muito bem. Já deu provas disso e continua a dar. Isto anda a tornar-se um vicio, ainda que agradavel. Onde vai buscar toda essa inspiração? Espero que ela não acabe tão rapidamente, certo? À espera por mais...
Filipe,
Enganas-te. A tua opinião é das que mais prezo, pela distância e lucidez que te reconheço como qualidades. E estes desafios têm o seu quê de especial para que cresçamos (o que aprendi em dois dias...).
Tinhas e tens razão. Sem sombra de dúvida.
Beijinho,
Tânia
devias era ver o monte de merda que tens à frente e que aturas todos os dias.
só merda
Sendo um vasto espectro vocabular a nossa tão bela língua portuguesa (e apesar de todos os esforços do governo para a empobrecer e retirar-lhe os seus germens, reduzindo-a a palavras baratas de um brasileiresco irritante), rica como muitas têm a pretensão de ser, e contando-se entre ela inúmeras palavras tão mais agradáveis e sonantes; porquê o emprego dessas tão pequeninas e rudes?
Take care,
Maria Rebelo
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