Nunca, como
quando me recordo de ti, tenho tão perfeita noção da minha insuperável
finitude!
Talvez seja
do sabor ocre do calor que sinto nas minhas mãos quando repousam em surdina
numa espera infantil ou da visão mosqueada de negro e grená que me surge nas
entrelinhas numa tentativa de reminiscência catártica. Talvez seja porque
procure encontrar um significado perene para a imensidão de cruzamentos superados
em velocidade vertiginosa ou porque sou incapaz de aceitar a minha natural incapacidade
para mergulhar na profundidade do azul oceânico.
Nunca, como
quando me tendo recordar de nós, tenho tão perfeita noção da representação do
vazio!