Eu bem tento fugir da espadana de um magenta cristalino, das líricas torrentes da promessa, das sequazes margaridas que me apertam na sua garra oculta. Tento desaparecer sob a estultícia dos heróis, descansar no regaço da desordem, imergir dentro da esperança refractária e fugitiva da fantasia e por isso procuro a complacência do teu olhar, o calor da tua mão, a serenidade do teu sorriso… Infelizmente não consigo encontrar mais do que vácuo pulverulento da metódica incerteza!
Perscrutamos quimeras na infinita ignorância em que teimamos gravitar, na pretensiosa e arrogante demanda por uma irrealidade que nos consome e que nos desfaz, numa ilusão utópica de verdade.
sexta-feira, novembro 28, 2008
terça-feira, novembro 25, 2008
O logro
À minha frente dorme um refulgido armário de madeira exaurida pelo tempo. Dentro, sepultados por uma negra mão, vivem sonhos abandonados, patriotas esquecidos e ideias vencidas pelo progresso convencionado, ao qual se junta o pó cinzento e animal que mergulha bem fundo no seu interior.
Não sei se continua a existir esperança. O ostracismo que paulatinamente excomunga a liberdade urra bem alto na presença da diferença e da virtude. Talvez não exista mesmo e seja meramente uma expressão ridícula da mentira.
E o armário? E a porta? E eu? Será que existimos mesmo?
Não sei se continua a existir esperança. O ostracismo que paulatinamente excomunga a liberdade urra bem alto na presença da diferença e da virtude. Talvez não exista mesmo e seja meramente uma expressão ridícula da mentira.
E o armário? E a porta? E eu? Será que existimos mesmo?
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