Tu...
Às vezes lembro-me de ti! Bem, provavelmente serão muitas vezes, mas ainda me custa falar e pensar nisso, quanto mais admitir.Foste, acho que poderia definir assim o que foi. Eras… muita coisa… em alguns momentos quase tudo, o real e o irreal, a chuva e o sol, a alegria e no fim a tristeza.Ainda tenho saudades tuas… creio que eventualmente sempre terei de uma forma ou de outra, sinto a tua falta… do teu sorriso, da tua alacridade contagiante, da teimosa estultícia com que celebravas os pequenos momentos da vida por mais simples que fossem…Sinto, senti como nunca tinha sentido antes, como pensava que não era possível sentir. Foi a esperança de um querer acriançado e ingénuo que me ligou de forma indelével a ti, que me fez ouvir a doçura da tua voz, as embriagadas palavras que murmuravas como Baco que me fizeram adormentar no sonho do inatingível, do quase real, do ilusório.Queria… e provavelmente ainda o quero… sentir o aroma a paixão que espraiavas. Queria, e ainda o quero… sentir o odor da incita distancia que nos separava, e que ao mesmo tempo nos unia. Acreditei e acredito ainda que poderia ter sido. Acredito que foi, não tenho dúvidas que Foste.Estás como estiveste um dia, e sempre estarás num lugar especial, no pequeno altar em que te colocaste e onde te celebrei. Há lugares que se ocupam para nunca se desocuparem, e mesmo na distância das palavras e dos gestos nunca deixarás de pertencer, onde desde o primeiro dia nunca deixaste de estar e hoje… gosto tão profundamente de ti, como no dia em que dissemos Adeus!